Bad Buddy- Capítulo 30

 Capítulo 30

Phatra

):)

Só recentemente descobri que mesmo se apenas o cérebro funcionar e a respiração entra e sai da pessoa. Sim, somos capazes de viver uma vida normal.

O noivado foi simples, conforme a cerimônia que os mais velhos ajudam a organizar. Trazendo assim, sorrisos alegres de todas as partes, até mesmo de algumas pessoas que gostaram das fotos postadas nas redes sociais depois de terem sido feitas a sangue-frio. Mas apesar da dor todos nós sabemos que ficar desapontado de amor nunca matou ninguém. Não importa o quanto esteja quebrado internamente.

A vida ... continua.

Cinco meses se passaram tão rápido que até eu mesmo estou surpreso por ter suportado tanto. O sol ainda nasce e se põe na mesma direção, mas agora Punch e eu aprendemos a conviver. Voltamos para casa apenas para pegar o novo Nissan March que ganhamos e assim podermos ir para a universidade sozinhos e depois voltar para casa... Sem energia, como de costume. 

O que mudou, é que de um adolescente teimoso me tornei um Phatra que usa terno e gravata, trabalha na empresa da família como todo mundo que se formou nas máquinas de produção de assalariados, que são chamadas de universidades. Entrando de vez na sociedade real como um trabalhador.

Acordo cedo para entrar no grande edifício até o andar mais alto, me sento na grande sala com ar condicionado. Olho pela janela para ver a vista decorada com centenas de milhares de edifícios iguais, e reflito sobre os problemas que surgem de diferentes maneiras a cada dia, as vezes tenho que usar alguns conhecimentos de engenharia outras apenas uma forma monótona de raciocínio, que me foi ensinado no primeiro ano letivo. 

Os dias seguem repetindo, com os mesmos sentimentos de sempre...

... Saudade do passado que nunca mais vai voltar.

(:(

"Quem assinou o pedido deste conjunto?"

Em uma sala de conferências de tamanho médio de um edifício de dez andares, encostei-me no assento, desviando os olhos do grande projetor para a pessoa que falava na cabeceira da mesa. Segurando as rédeas da empresa assim como eu me lembrava. Ele perguntou em voz baixa, batendo o dedo na mesa de mogno laqueada, fazendo com que automaticamente o repreendido respondesse. Aparentemente toda vez que meu pai estava com raiva, ele era respeitado por qualquer funcionário em qualquer nível.

"Naquela época, era a função do Ministro Klang. Quando ele mudou de setor, o TOR que foi originalmente elaborado, foi alterado no momento de sua aprovação para ser uma versão diferente da que havíamos traçado anteriormente."

"Então você não correu para corrigir o trabalho?"

"Corri, mas fui enganado pela empresa SR Scorp. Eu administrei esse trabalho acreditando que as seções de compras que Khun Klang fez não conversavam entre si e as especificações do trabalho não correspondiam ao que vínhamos lidado. E apenas mais tarde, ele nos informou que poderíamos alterar os documentos apresentados para a licitação."

"Mas o pedido chegou?"

Eu escutei e olhei para o líder de vendas, que estava pálido. Está falha, desperdiçou muitos recursos e tempo de trabalho, tudo só porque o pedido foi feito errado. E por isso alguém será severamente punido. O que é terrível. 

A empresa que meu pai assumiu do meu avô era uma construtora de médio porte, cujas finanças não eram suficientes e nem estavam preparadas para lidar com os danos que ocorreriam se os pedidos fossem muito atrasados. O problema agora é que a licitação travou a especificação do produto que devem ser pedidos neste local em específico, mas a SR Scorp ganhou a comprar para estocar o produto, pois entendeu que já havíamos conseguido receber. 

"No momento, ainda há itens suficientes na fábrica para comprarmos?"

"Está sendo produzido gradativamente. Mas isso tornará o trabalho ainda mais lento."

"As multas de quebra de contrato naquele lado provavelmente iriam nos causar um problema sério."

Todos na reunião ficaram em silêncio. Aquele que falou, se referia à SR Scorp, sendo a empresa do pai de Pran. Depois de assumir meu cargo a sério, não foi difícil entender o porquê das duas famílias se desentenderam. Em parte é devido aos negócios, e uma acirrada competição por quem é mais inteligente. Mas, no fundo, acredito que seja por ambos fazerem parte da mesma área de negócios. Isso seria suficiente para os proprietários das duas empresas se odiarem a ponto de não poderem nunca abrirem brechas? 

"Eu realmente odeio aquele bastardo. Se eu pudesse, gostaria de contratar um franco-atirador para explodir o crânio e acabar com ele."

(Espaço para mensagens de ódio.)

A voz profunda do presidente da reunião chamou minha consciência perdida de volta, apenas para ver sua expressão de desgosto e enjoo que ele nem tentava disfarçar.

"Se ele pode fazer isso, eu gostaria de experimentar o mesmo com o meu pai." Falei baixinho, mas com indiferença fazendo com que as pessoas na sala de reunião explodissem em um riso tenso. Embora eu fosse prometido a uma mulher fornecida pela minha própria casa e ajudasse a fazer as vontades do meu pai em qualquer assunto, sem resistência. A necessidade de resistir se mantém profunda, manifestada como ondulações de ondas subaquáticas que se formam em um período efêmero.

"Boa boca! Diga-me, se fosse você, como resolveria o problema?"

O presidente da reunião falou em voz alta. O estresse que eu estava enfrentando era uma das poucas coisas com as quais eu precisava lidar diariamente, e apenas isso é muito fácil se você tirar o orgulho do coração.

"Pai, você vai me deixar cuidar disso?"

"Vamos tentar uma coordenação com o próprio Manop. Como está o projeto em Chumphon? Vamos dar uma olhada no relatório de progresso."

A tela do slide muda para um programa que mostra o andamento das tarefas em comparação com os planos anteriores. Então eu tomo meu café para ajudar a evitar que minhas pálpebras caiam durante tarde, desvio periodicamente os olhos do projetor para a vista do lado de fora, logo voltando a olhar para a caneca de cerâmica que guarda o líquido já frio, enquanto em meu coração, anseia por alguém que já está tão distante.

Embora eu quisesse correr desse lugar. No final, meu trabalho me lembrou, que de qualquer maneira não poderia fazer isso.

Para falar a verdade ...

Independente do que aconteceu, eu ainda sinto sua falta.

(:(

Pude voltar para o mesmo apartamento logo após o voo de Pran para continuar meus estudos. Meu noivado com Punch recuperou a confiança dos meus pais, ao mesmo tempo, em que eu cada vez mais me perdia. Depois do jantar, quando a jovem terminou de comer, ela evitou subir as escadas sem mim. Pran nunca chegou a vir neste quarto, e mesmo se ele quisesse, eu não permitiria, o risco de escalar o telhado era muito grande.

É de partir o coração que outro alguém possa ir e vir como se aqui fosse seu próprio quarto.

"A tarde, Punch foi às compras com sua mãe, aproveitei e trouxe mais caixas para pôr as coisas do seu armário. P'Phat quer que guarde para ele?"

Eu balancei a cabeça, ligando o computador, ignorando a dona da voz que não parava de falar.

"Punch já disse muitas vezes, que era para você pegar os pijamas de cima da pilha de roupas, se não vai desmontar todas as outras que eu já havia dobrado. Ficando tudo uma bagunça."

"Vou fazer isso."

"P'Phat, Punch está cansada de ter que vir organizar o quarto para você todos os dias."

"O que posso fazer? Punch vai acabar fazendo de uma forma ou outra." 

"P'Phat, você gostaria de tomar um banho antes de jogar no computador?"

Eu não respondi. Então os pequenos braços brancos me envolveram por trás antes que a ponta do nariz tocasse minhas bochechas ásperas. Porém, o toque tão íntimo não provocou nenhum sentimento de excitação em mim. 

Estávamos quase nos beijando, mas evitei todas as oportunidades em que corria o maior risco, sob a condição de que não deixaria a garota ficar ciente o tempo todo dos sentimentos que eu tinha por ela. 

"Está fedido."

Eu silenciosamente balancei minha cabeça. A atmosfera com Punch é muito diferente de quando Pran ainda estava por perto. Vou nas redes sociais me atualizar com as notícias de meus amigos, Phoom conseguiu uma bolsa para estudar no exterior e Korn foi trabalhar em Chiang Mai. Enquanto eu faço check-in na loja de bebidas quase todos os dias.

"Ei, essa pessoa é um amigo de P'Phat? Eu nunca o tinha visto antes."

A imagem que aparece assim que rolei a tela para baixo, mostra a última atualização de alguém que costumava estar por perto. Pran vestindo um casaco escuro, estendendo a mão para se proteger da câmera fazendo com que a foto saísse trêmula, a pessoa que marcou ele na postagem é alguém com quem Pran foi morar, sei disso porque vejo os dois se marcando com frequência nas redes sociais, mas não tenho certeza de que tipo de relacionamento tinham.

Pran não é uma pessoa que gosta de perder seu tempo atualizando seus stories, e para acompanhar sua vida pela internet só é possível se seguir as pessoas que o marcou. Parando para analisar a foto vejo que ele ainda tem o mesmo rosto arrogante de sempre, ao fundo tem como cenário o que provavelmente é seu quarto. Saber que ambos estavam juntos lá teria me feito ficar loucamente bravo, isso se não tivesse visto ao fundo a Nong Hom encostada no travesseiro atrás deles.

Há muito tempo que sei que havia perdido ela, mas não pensava que Pran iria levar consigo até o outro lado do hemisfério.

Engraçado como esse coração de pedra ficou tão mole de repente, que é até difícil de explicar.

"Você não respondeu de novo. Está bem, vá tomar um banho e depois volte para usar o computador."

Fui beijado repentinamente, virando meu pescoço para longe no último momento. 

"Não me irrite Punch."

"Estressado de novo?"

"Eu tenho algo em que pensar. Vou levar você embora antes, depois de voltar vou tomar um banho."

"Não seria melhor se Punch dormisse aqui. Então prepararia uma água morna para P'Phat?"

"Não." Recusei, exalando pelo nariz. "Essa situação não é boa para nenhum de nós. Vamos embora, eu levo você até o carro."

"P'Phat, vamos nos casar em alguns meses."

"Então, seria melhor esperar até lá." Disse enquanto olhava para os olhos da jovem. Punch quer realmente desenvolver um relacionamento, basta observar e verá. Eu entendo, é difícil para ela como mulher ter que se casar em tão pouco tempo, sem me conhecer direito e ainda com um relacionamento tão superficial. Isso tudo faz com que ela tenha uma falta de autoconfiança. Pha me disse muitas vezes que Punch queria que eu expressasse meus desejos de uma forma mais masculina. Porque as ações de hoje deixam a jovem preocupada com a possibilidade de eu me casar apenas porque minha família deseja, e que não tenha nenhum sentimento ligado a ela.

Eu não poderia argumentar, já que as mulheres são especialmente boas em coisas sentimentais.

"Temos muito tempo, Punch, não há necessidade depressa." Eu confortei-a antes de colocar a mão em sua cabeça, olhando para minha noiva com falsos olhos gentis.

Tive pena da garota na minha frente.

(:(

Aproximadamente por volta das dez horas, voltei para casa com uma cerveja que comprei em um minimercado no caminho. Para uma grande casa no valor de um milhão de dólares que estava em total silêncio. Não havia interação entre nossa família, éramos todos indiferente e não vejo como poderíamos voltar a conviver de forma harmoniosa como antes. Mesmo que eu tenha parado de resistir e escolhido seguir os desejos da mulher que me doou a vida, ainda não poderia voltar a me divertir como o antigo Phat, o irmão mais velho que gostava de agitar as coisas para fazer as pessoas em casa sorrirem por mais tempo.

Como já foi dito, todos sabem, mas fingem ser ignorantes, todos veem a vida de pernas para o ar, mas fingem ser cegos.

Dizer que eu estava bem, sem estar nada bem, parecia uma grande humilhação por nem mesmo ousar admitir minha própria dor. Estava triste comigo mesmo, por ter me adaptado adequadamente aos olhos de todos que me julgavam, esses que eram todos da minha própria família. 

Deslizei a cortina de cor sólida, enquanto abria uma garrafa de cerveja e bebia sem nem mesmo despejar no copo. Olhando para o outro lado do vidro estava a varanda do quarto de Pran, que havia sido lacrado há meses. Pensava nas noites dos velhos tempos em que eu fazia o que queria, sendo eu mesmo, sem medo. Das expressões de Pran quando batia na janela de seu quarto, ou mesmos seus olhares preocupados quando me via pular da sua varanda para andar no telhado, e subir de volta para o meu quarto. 

Eu poderia escalar assim mais cem mil vezes.

Era duas vezes mais confortável do que sentar em um quarto seguro, mas frio como esse.

(:(

Uma batida na porta do quarto soou em meio ao silêncio, eu já tinha bebido várias garrafas antes de permitir que a outra pessoa entrasse, fazendo um som áspero. A luz de fora entrou pela porta temporariamente aberta, e quando eu olhei para trás, descobri que não era minha irmã como eu pensava, e sim minha mãe que franzia a testa para a luz fraca do cômodo.

"Porque não acendeu a luz, Phatra?"

"Vou beber um copo e depois dormir."

"Bebendo cerveja de novo?" A mãe disse suavemente antes de dar um suspiro pesado. Depois que Pran foi estudar longe, recorri ao álcool para me acalmar em um sono profundo, muitas vezes não para chamar a atenção, mas para passar a dor insuportável das noites em que percebo que não haverá mais um Pran ao meu lado. 

"Mamãe tem medo de que Phatra fique viciado em álcool."

"Eu não estou bêbado." Eu falo grosseiramente. "Bebo só para ficar com sono."

Depois de um pequeno gole na minha cerveja, a visitante se afundou no sofá enquanto eu me sentava no chão com minhas costas encostadas na cama.

"Como tem estado a Nong? Devemos conversar? A mãe viu que Phat tem ficado muito em silêncio."

"Boa."

"Em alguns meses, você vai se casar, filho."

Levantei a garrafa de cerveja e bebi um pouco, não muito tempo depois daquela frase terminar eu quase sufoquei, então coloquei ela de lado e fechei os olhos. "Eu sei."

"Phatra não se parece em nada com um noivo."

"Desculpe, mãe." Eu disse em voz baixa, desculpe por não poder estar melhor. Alguns dias eu sorrio, mas sob aquele sorriso há apenas indiferença, e quando a tristeza vem à tona, ela é mais real do que qualquer outro sentimento. Recentemente percebi que alguém pode fingir estar rindo, mas não pode fingir que está triste sem esse sentimento. "Eu tentei o meu melhor."

"Phatra... Sua Nong não é fofa, filho? Ou alguém te ofendeu, qual é o seu problema?"

"Punch." Para ser honesto, se vou culpar alguém, então não deve ser uma jovem que nunca fez mal a ninguém. "Se há alguém que deve ser culpado, sou eu."

Mesmo que eu não entenda. Como a culpa de ter um coração conta como um crime?

Por que é errado amar alguém? Da mesma forma, eles rotularam meus sentimentos em relação a Pran como um grave erro.

Um som agudo soou da cama quando minha mãe se moveu para se sentar ao meu lado, olhando para o destino que eu sempre estava olhando.

"Mãe, posso te perguntar uma coisa?" Desvio os olhos da sacada do quarto do Pran, para encontrar seus olhos. Minha cabeça estava cheia de muitas perguntas. "Por que temos que nos odiar tanto?"

"Phat, é uma história que já aconteceu há muito tempo. Digamos que seja algo que seu pai não possa perdoar. Esquecer aquela casa é o melhor a se fazer."

"Tenho que fazer o que meus pais querem. Tenho que desistir da minha vida, mas não tenho o direito de saber de nada?"

Fechei os olhos e me virei para pegar uma nova garrafa de cerveja para beber. Nós dois ficamos sentados em silêncio por um momento, a terceira cerveja acabou até a quarta. Apenas na quinta garrafa que a mãe começou a falar sobre as coisas que sempre me incomodaram.

"Seu pai é filho único do seu avô, após a morte dele o negócio da família foi a única posse que o seu pai recebeu." A mãe fala, relembrando a história de antes do meu nascimento. "Seu pai ama muito esta empresa. O velho Phat foi quem fundou, e quando morreu deixou muitas dívidas para trás, seu pai nunca pensou em desistir, sempre lutou para levar o negócio adiante. Ele fez de tudo para que a empresa continuasse crescendo, um ano antes de Phat nascer, o pai pretendia cortar os orçamentos que eram pagos por debaixo da mesa a outras empresas corruptas, e começar administrar o negócio na linha branca usando esse dinheiro para trabalhar com uma qualidade melhor do que antes."

Balancei a cabeça, a luz fraca do quarto permitiu que o rosto pensativo da mãe se refletisse no espelho.

"Já sabíamos há um tempo que a casa ao lado iria abrir uma empresa no mesmo ramo. No começo até trocamos algumas experiências, mas enquanto nossa empresa cortava orçamentos a da outra casa estava registrando muito mais dinheiro. No final daquele ano, mesmo com tão pouco tempo de abertura, a SR Scorp atingiu a mesma classificação que a nossa empresa de anos, também conseguindo vários contatos na construção civil. Seu pai não sabia disso antes, mas acredite em mim quando digo, na verdade, foi tudo um plano da empresa SR Scorp vir fazer amizade para depois enganar e pegar informações sobre os trabalhos."

"Apesar de não ter dado certo na época, em parte é porque nossa família optou por não mudar o plano de negócios em si?"

"É um monte de coisas, Phat, não podemos apenas olhar para isso. Naquela época, a empresa não estava nada bem e tínhamos que pagar os funcionários, até os parentes que antes ajudavam no trabalho começaram a se distanciar. No final, não sobrou ninguém, quando a apólice do seguro venceu de repente, não tínhamos dinheiro para pagar tudo, não havia nem mesmo dinheiro para comer." Às duas mãos da mãe se serraram de dor ao recordar dos dias de crise. "Naquela época, seu pai cerrou os dentes e pegou o último dinheiro do empréstimo e investiu até conseguir fechar um contrato de trabalho, mas a economia estava em péssimo estado. A bolha estourou e a firma que havia nos contratados não tinha dinheiro para pagar, então eles sumiram. Bem, nós não podíamos fugir do empréstimo que havíamos feito, depois de muito tempo, a empresa percebeu que não teríamos atitude de pagar e fomos processados." 

"Já faz muito tempo, não é?"

"Tudo aconteceu antes de você nascer. Seu pai lutou muito, pedindo ajuda. Mas onde quer que ele fosse, sempre era negado. Existia apenas um lugar onde o empregador se encontrava estável e era confiável, a SR Scorp estava indo muito bem na época. Seu pai engoliu o orgulho dele e foi pedir ajuda a família daquela casa. E eles disseram que não tinham dinheiro. Como podem não ter? Haviam conseguido mais contratos que a nossa empresa na sua época mais próspera. Eles roubaram todos os nossos antigos contatos de políticos corruptos, que estão relacionados ao dinheiro e conexões que ele tem agora, pelo menos é o que seu pai costumava me dizer."

"Por que você não pensa de outra forma, ele provavelmente já tinha seus próprios contatos."

"Ninguém sabe se isso é real ou não, Phatra. Porque Pakorn é muito mais jovem que o seu pai, também é muito menos habilidoso na construção civil do que ele. Eu adoraria ajudá-lo a abrir os olhos e ver a realidade, quando tivemos problemas eles nem se importaram, então nossa casa faliu. Como a mãe já havia dito antes, este é o único tesouro que seu avô nos deixou, seu pai tinha muita vergonha de admitir que não poderia cuidar da empresa." Os lábios da mãe tremeram. "É tão difícil que Phatra não consegue realmente entender isso."

Eu vi muitos sentimentos refletidos em seu rosto. Foi uma dificuldade que eu nunca enfrentaria em toda a minha vida, essa que meus pais passaram há alguns anos.

"Naquele dia, a casa inteira estava muito quieta, tão quieta que eu até conseguia ouvir o vento soprando. Eu não tinha certeza do que estava acontecendo, meu corpo estava anormal e eu apenas imaginava que era devido ao estresse. Seu pai não conseguia dormir por vários dias e estava muito cansado por isso fui para o hospital sozinha naquele dia, e foi quando soube que estava grávida de Phatra. Não sabia se devia ficar feliz ou triste, não havíamos comido uma refeição completa desde o incidente e então agora também havia Phatra."

O par de olhos, olhou de volta para mim com os olhos cheios de amor e gratidão sincera. "Quando cheguei em casa naquele dia e abri a porta, a arma do seu avô estava apontada para a têmpora do seu pai. Ele havia desistido, mas voltou a lutar porque sabia que Phat estava no meu ventre. Seu pai ama muito você e não queria que nos envolvêssemos com aquela família do mal de novo."

Engoli em seco ao saber de todos os segredos que estavam escondidos por mais de vinte anos.

O sentimento de ressentimento foi se acumulando no coração desde aquele dia e ninguém teve a oportunidade de mencionar o que sempre o incomodou. Agora, sempre aos olhos dos meus pais, o pai de Pran será como um demônio. Mas acredito que todos têm seus próprios motivos para tomar decisões que nem sempre satisfazem as necessidades dos outros.

Como mamãe e papai que não podiam me deixar amar Pran tão livremente quanto eu queria.

"Tivemos sorte que durante um evento de boas-vindas naquele ano, seu pai conheceu um senhor mais velho que costumava ser próximo à família da mãe da Nong Punch, e foi quem nos deu a oportunidade de nos reerguermos. Gostaríamos de retribuir a gentileza, então Phat poderia cuidar de Punch para que tia Duang pudesse se sentir confortável em nome de seus pais?"

Pressionei meus lábios até que eles formassem uma linha reta antes de me virar para beber outro grande gole de cerveja.

"Mãe ... se ela foi tão boa para nós, não deveríamos estar fazendo isso com a sua filha."

"Phatra."

"Eu tentei o meu melhor mãe, tentei me abrir com Punch para cuidar da Nong como um homem faria. Mas, no fundo, Punch sabe que entre nós dois não existe nada, não chegamos nem perto de estarmos apaixonados." Uma gota de lágrimas rolou queimando pelo meu rosto, virei os olhos para o lado para esconder os vestígios de tristeza, mas tudo se derramou como uma represa que havia sido rompida.

"Não quero que Punch fique triste, também não quero deixar meus pais tristes, então tento esquecer que minha vida é minha própria. Tento tanto que até sinto raiva por ter um coração."

Apoiei minha cabeça nos joelhos da mãe, provavelmente por causa da quinta garrafa de cerveja eu comecei a chorar como uma criança. Mãos quentes tocaram minhas costas. Não posso responder a minha mãe se os esforços anteriores vão render a seu favor.

"É tão doloroso assim, Phat?"

"Tentar amar alguém sem sentir o mesmo? Não. A verdadeira tortura é tentar esquecer que, na verdade, tenho um amor impossível. Pran e eu nunca fizemos nada de ruim, ele é muito bom para mim, também muito bom com Pha, é realmente uma boa pessoa. Mas não importa o que eu diga, a mãe e o pai nunca acreditarão."

"Os seus pais fizeram isso porque estavam preocupados com você, Phat."

"Por que ficar preocupados? Isso é tão desconfortável. É como se eu estivesse morto por dentro, mãe."

Dois braços me envolveram em um abraço. Foi quente e cheio de amor, mas não poderia curar a vulnerabilidade que me atingia. Ou fingir que isso nunca aconteceu. 

Fechei os olhos, demorando-me nos braços da minha mãe por um longo tempo, deixando minhas lágrimas de soluçar fluírem, drenando todos os meus pensamentos reprimidos até a exaustão.

Não demorou muito... até eu adormecer devido ao efeito calmante do álcool, como todas as noites.

(:(

No dia seguinte, minhas lembranças vêm e vão, mas opto por fingir que esqueci a história que contei enquanto estava completamente inconsciente.

Quando a luz do sol veio, eu me vi deitado em uma cama macia enrolado até o pescoço com um lençol mais arrumado do que todas as outras noites. Cumprimentei a todos com uma expressão calma. Porém, no fundo, não conseguia esconder os meus sentimentos, continuava com dor.

Minha mãe olhou para mim com olhos cansados e, quando nossos olhos se encontraram, ela se virou para esconder alguns sentimentos de mim.

Na tarde do mesmo dia, comecei a estudar a história da questão da licitação que havia sido trabalhada pela P&P, mas os materiais de construção já foram comprados pela SR Scorp logo após serem leiloados em uma reunião alguns dias atrás. Se este assunto estiver sendo analisado sem preconceitos, devemos entender que não se tratou de um erro da parte da SR Scorp, ela não havia feito de propósito para não nos deixar comprar as coisas na hora certa. Como conheço meu pai, sei que ele vai ficar pensando no passado, acho muito possível que às duas famílias apenas tenham se entendido mal e nunca se abriram diretamente uma com a outra.

"Eu não consegui finalizar este trabalho e ainda o dinheiro ficou preso, agora não será possível usar para outros fins. Estávamos totalmente confiantes de que conseguiríamos o trabalho, então investimos no pedido uma vez que os materiais já tinham sido anunciados." Eu dei de ombros, deitando no encosto de couro acolchoado, mordendo a ponta dos meus dedos para pensar melhor. Ao analisar várias vezes para a frente e para trás chego à conclusão de que o assunto traria problemas para ambos os lados.

"Posso averiguar esse caso, senhor."

"P'Manop, se formos comprar mais, eles vão vender? Esse evento é muito grande, mesmo que a fábrica se apresse em produzir, não vai dar conta dos planos que tínhamos em mente."

"Oh, Phat." O vendedor-chefe foi o responsável pelo riso seco. No fim, todos nós sabemos onde está o verdadeiro problema. "Mesmo entrando com um lucro positivo ainda é difícil prever se vai render ou não. Já houve um caso como este anteriormente. Felizmente, foi possível estender o tempo de entrega por outros motivos."

"Não gosto de arriscar tanto. Este projeto é de muitos milhões, você já foi multado por tentar dividir a média por dia e isso também é ruim."

"Eu sou tão ignorante sobre isso, é minha culpa que no começo eu comandei a pessoa errada."

"Está tudo bem, foi apenas um engano, o fabricante está envergonhado com o equívoco, também o regulamento não está claro suficiente. É bom que tenhamos pelo menos uma segunda oportunidade para alterar a proposta de licitação a tempo." Eu ri secamente. Alguns dos meus traços de personalidade eram completamente diferentes de meu pai, que era muito mais sério sobre erros. "Manop, por favor me ajude. Prepare uma cesta de frutas e marque uma hora com Pakorn para mim."

"Phat, você está falando sério? Se for esse o caso então..."

"Não se preocupe, a empresa é mais importante. Estou apenas indo comprar alguns materiais dele, não pedindo ao filho dele que seja minha esposa." Disse em tom de brincadeira, porém quebrando por dentro. O coordenador suspirou com uma expressão séria no rosto, mas finalmente concordou, com relutância.

(:(

Se for comparar a empresa de Pran e a minha, existia pouca diferença, como a localização e o exterior físico. A SR Scorp está localizada no centro de um arranha-céu de trinta andares, este prédio fica localizado no coração da grande metrópole, sendo um lugar de fácil acesso. Não é um prédio particular, e o aluguel é exorbitante. Claro, a liquidez da gestão é muito boa.

Pakorn aceitou fazer uma reunião comigo na tarde de sexta-feira, fui em direção a sua empresa após ter feito Manop tentar ligar várias vezes. Viajei em meu carro particular sem avisar ninguém além do meu colega próximo, já que nós somos os responsáveis ​​por resolver este problema. Tive que vir sozinho para mostrar o máximo de respeito possível à outra pessoa.

Quando crescemos, uma coisa que aprendemos é que nada sairá como queríamos, por exemplo, eu não queria me envolver na companhia do pai de Pran, não queria ter que enfrentar nada disso. Mas, no final, tive que mostrar minha maturidade para ser reconhecido como tendo os interesses da empresa acima dos assuntos pessoais.

"Olá."

A porta da sala executiva foi aberta pela secretária. Saúdo então deixo a cesta de souvenirs sobre uma grande mesa de vidro preto. O olhar de Pakorn estava absolutamente calmo e frio, olhando-me à distância, como sempre que nos encontramos.

"Está tudo bem com o Sr.Khun?"

"Se você tem algo a dizer, não fique na defensiva. Eu não tenho muito tempo."

"Okay, sim. Então irei direto ao ponto. Marquei essa reunião com o Sr. Khun para falar sobre o evento de Chiang Dao que foi leiloado para a P&P. Há um item nas especificações principais do TOR que precisávamos, já perguntei à fábrica e ela disse que não poderia produzir a quantidade solicitada dentro do prazo. E os que haviam sido produzidos para estoque foram vendidos para a SR Scorp."

"Vamos resolver este assunto rapidamente para que possamos acabar logo com isso. Você quer que eu dê uma olhada na licitação?"

"Não gosto disso." Eu disse com uma voz humilde, colocando minhas mãos na frente do meu colo. "Vejo que agora ambos temos um problema em comum."

"Eu não tenho nenhum problema com isso."

"Em primeiro lugar, quero falar um pouco sobre o passado, sobre como nossas duas empresas realmente não gostavam das operações uma da outra. Mas depois da era do meu pai, eu queria gerência de uma nova forma. O fato das duas empresas não se darem bem, não é algo que vai beneficiar ninguém. Em vez disso, você pode encontrar liquidez financeira. Acontece que há uma necessidade de financiamento, carregada de orgulho. Sinto muito. Posso ter dito algo ruim, mas vim hoje em busca de reconciliação."

"Para essa nova geração de crianças. Dizer e fazer qualquer coisa é fácil." A voz dele estava um pouco distorcida, então eu apenas abaixei minha cabeça. Ouvi o suficiente de minha mãe para ajudar a esclarecer um pouco mais sobre o que aconteceu entre às duas famílias. No entanto, o que foi ouvido foi apenas uma parte da história, contada apenas por um dos lados.

"Acredito que já faz muito tempo e não precisamos ficar parados no mesmo lugar, não importa o que aconteceu no passado, nem o motivo de nossas empresas não gostarem uma da outra, a época mudou. Ao mesmo tempo, os temíveis concorrentes capitalistas cresceram tanto que, de nossa antiga glória, somos apenas pequenos empreiteiros."

O interlocutor suspirou e perguntou em voz baixa. "Você não tem medo de nada vindo aqui?"

"Um pouco, mas pela minha empresa, tenho que vir pedir pela gentileza do senhor."

"Você é um canalha." Ele disse, com um sorriso malicioso nos lábios. "Por isso, Pran se perdeu naquela época."

"Não foi por causa de mim, Pran é uma pessoa racional. Ele mesmo me ensinou a pensar sobre muitas coisas." Disse com um sorriso enquanto penso sobre nossos dias juntos na faculdade, onde eu tinha muito de que me queixar todos os dias, mas aquele foi o momento mais feliz que tive. "Ele é uma pessoa calma, não como eu, é uma pessoa gentil, o senhor ensinou muito bem."

"Anteriormente, Pran nunca pareceu ter um desvio desses."

"Eu sou o mesmo, senhor. Não pensei que sentiria tanto por Pran. Mas sempre que estamos juntos, me sinto confortável. O único problema é que Pran não cuida de si mesmo. Sempre que se dedica aos estudos, ele estuda até a exaustão, se eu não forçar ele a comer, ele não come nada, também enquanto não vai dormir, nem mesmo eu consigo dormir por causa disso. Então, como ele estava muito estressado, quis cuidar dele o máximo possível, e força-lo a procurar atividades relaxantes." 

Abaixei minha cabeça ligeiramente, pensando que outra pessoa poderia não querer prestar muita atenção no quanto me importo. 

"Mas acabou sendo ele quem cuidou de mim o tempo todo, ou pelo menos penso que foi por causa dele que cresci."

"Cresceu? Ouvi dizer que você fugiu de casa."

Eu ri que nossa conversa estava sendo muito diferente do que eu havia imaginado, mas isso acalmou um pouco o clima. Não olhei diretamente nos olhos do interlocutor, mas pude sentir que ele gostou de me ouvir falar positivamente sobre meu filho, como se estivesse muito orgulhoso.

"Sim, sou uma pessoa impaciente e de sangue quente, faço qualquer coisa imprudente e auto-indulgente como meu pai." Eu disse franzindo os lábios. "Naquela época, desisti e acabei voltando para casa. Pran me fez lembrar que, embora eu fosse teimoso, aquela atitude não mostraria a ninguém que meu amor por ele era uma coisa boa. Porém, eu estava muito estressado por ter que ficar mostrando que nosso amor era algo bom sendo que todos apenas fechavam os olhos para isso. Fiquei com muita raiva quando Pran não quis fugir comigo, até finalmente entender que ele apenas estava preocupado comigo. Mas depois daquele momento, não tive a oportunidade de agradecê-lo."

"Você é igualzinho ao seu pai." O homem de meia-idade riu em sua garganta e baixou os olhos para as pontas dos dedos. "O P'Nui é teimoso, não escuta ninguém, e tem uma esposa que nunca briga, apenas se submete a tudo que ele diz."

"Ele é. Felizmente, tenho Pran."

Mas, infelizmente, a palavra 'tenho' nessa frase está apenas no passado. O dono da empresa tirou os olhos da ponta dos dedos e olhou para mim.

"Eu realmente quero matar você por deixar Pran assim. Eu já havia perguntado à mãe dele anteriormente porque nosso filho não tinha uma namorada."

"Verdade, esqueci que Pran nunca teve uma namorada antes."

"Bem." Ele suspirou, fechando os olhos. "Seu pai sabe que você está aqui?"

"Meu pai é um velho teimoso, então não posso contar-lhe sobre isso." Eu ri, antes de tossir para voltar ao assunto de trabalho. "Há outra coisa que quero discutir, venho olhando para o trabalho de resgate há quase meio ano por meio de algumas licitações, mas posso ver que algumas de nossas empresas não passam como aquelas que precisam ser fundidas em um leilão da Joyventure. Às vezes, eles dão as mãos a um empreiteiro desorganizado que não cumpre com o combinado. Não falo como empresário, pode haver palavras muito mais bonitas, mas ... No fundo, Sr. deve saber o que estamos perdendo."

Ele ficou em silêncio, este gesto que me lembrou de Pran, quando pedia algo que era contraditório. O pai de Pran não ficou satisfeito imediatamente, e ficou em silêncio por um momento para pensar antes de tomar uma decisão.

Sempre dizem que as crianças costumam imitar o comportamento do pai. Eu não fiquei surpreso com isso, Pran é tão teimoso e silencioso quanto seu pai.

"Se eu disse ou estiver analisando algo de forma errada, por favor, me aconselhe Sr.Khun. Em breve terei que administrar a empresa do meu pai, e tenho que ganhar muita experiência com pessoas que conhecem melhor a área."

As pontas dos dedos enrugadas bateram na mesa de vidro. Ele olhou para mim pensativo. Se compararmos tudo isso que está acontecendo, o pai de Pran era muito mais calmo do que meu, também parecia mais aberto quando me aproximei dele de uma maneira humilde.

"Pelo seu comportamento anterior, eu não pensei que me respeitaria assim."

Se as pessoas da minha casa me vissem assim, iriam rir até que seus dentes caíssem. 

Porque assim como... ninguém pensou que eu pudesse implorar a alguém por misericórdia.

"Lamento ter ofendido você no passado." O interlocutor não respondeu nem negou, permaneceu em silêncio e majestoso, mas sob seu rosto calmo, eu instintivamente soube que algo estava mudando.

"Então, vou pensar sobre isso de novo."

"Você pode adicionar mais ao preço."

"Para você poder ganhar mais lucro, certo?" Ele riu, sua voz subindo pelo nariz junto a um sorriso zombeteiro. "Ouvi dizer que na obra original, o orçamento era tão baixo, que cortaram o preço até quase não restar nada."

"Deve ter sido como durante a crise econômica que a SR esteve, e tinha que assumir empregos quase não lucrativos para sustentar a empresa." Eu sorri, soube isso após pesquisar os dados da SR e ver os resultados dos últimos anos, aquilo foi o suficiente para entender toda a situação. "Se meu pai não pensasse em conseguir um emprego tão lucrativo naquela época, provavelmente conseguiria algum trabalho."

"Huh, Nui é lamentavelmente estúpido por dirigir um negócio como a P&P, igual um general."

"Quando estão estressadas, as pessoas acabam ficando cegas. E meu pai é assim também."

"É um valentão." A risada era claramente irônica ao falar sobre o meu pai, a ferocidade do dono da empresa rival havia ressurgido. "Levou outras pessoas à loucura por anos, apenas por ficar preso a um ressentimento que não levará ele a lugar nenhum. Se não tivesse corrido para se esconder na saia daquela mulher na época, a casa inteira estaria falida." 

Eu pressionei meus lábios, o ódio também expresso em meu tom de voz. "No final, vendeu o próprio filho como um conjunto para pagar mérito."

"Sinto muito pelo passado."

Aceito como uma pessoa que perdeu a dignidade. Vendo que não estou discutindo, a expressão que a outra parte tem se suaviza como se ele se lembrasse de que tudo o que eu disse foi apenas resultado do passado. Khun olhou para mim não com olhos amorosos, mas de quem avaliava o local. "Você cresceu muito, desde a última vez que o vi."

"Como eu disse, tenho sorte de amar Pran."

"Você disse que o ama. Mas, vai se casar com outra pessoa."

"Sim." Franzi os lábios, um sentimento tomou conta de nós. Ficamos em silêncio por um tempo no meio dessa conversa que pouco tinha a ver com o trabalho. Eu tinha certeza de que estávamos pensando na mesma pessoa. "Se eu puder posso perguntar sobre Pran. Seria possível?"

"Sobre o quê?"

"Ele está bem agora?"

"Sim, ele começou uma nova vida e as coisas mudaram. O sentimento de administração que você tem por Pran, eu sou grato. Mas, este foi apenas um erro de uma idade tão ardente, agora vocês poderão começar de novo. Quanto ao seu casamento, ele está feliz em saber."

Quando se tratou disso, a humildade de um momento atrás, tornou-se dolorosa, algo na mente do pai de Pran que permaneceu imperturbado, foi o pensamento de que o assunto entre mim e seu filho era apenas um momento passageiro, não uma história real.

"Se há alguém que está feliz, são os adultos que desejavam que eu seguisse suas próprias regras."

Sorri com angústia e a dor escondidas dentro de mim antes de encontrar os olhos do anfitrião, com todas as verdades que haviam estado escondidas por tanto tempo. A agonia que havia sido instalada no meu coração enquanto ainda respirava.

"Em relação ao casamento, não estou feliz com o que aconteceu. Mas se for para a satisfação de todas as partes, não tem como. Um filho nasce só para pagar a dívida dos pais, certo?"

Baixei meu rosto ao sentir o calor em meus olhos.

"Porque, no final, Pran e eu perdemos as esperanças e tivemos que aceitar um destino que não foi determinado por nós mesmos. Deixe-me pedir permissão para sair primeiro. Eu já perturbei muito o Sr."

Eu rapidamente levantei minha mão em saudação e recuei antes que minhas lágrimas caíssem. Só recentemente percebi que sou fraco como uma criança, só de me lembrar de uma pessoa, todo o meu coração se apertava como se estivesse despedaçado.

Eu fiz contato visual com o dono da SR Scorp. Olhei para trás com uma expressão profunda, que não poderia ser interpretada por olhos superficiais... 

):)

[Voltar ao Menu]

[Capítulo anterior]                          [Próximo Capítulo]