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Bad Buddy- Capítulo 21

 Capítulo 21

Pran

(:(

Phatra saiu do quarto, mas meus olhos ainda estavam presos no seu rosto, eu cerrei meus punhos me sentindo tão desconfortável que mal pude contê-los. Quero quebrar essas barreiras malucas, preconceituosas e estúpidas dos adultos que amarraram nossas pernas, e ir correndo para abraçar o cara que parecia estar chorando a um momento atrás. De quem é a culpa? Quando essa guerra sem fim começou? E quanto tempo mais terei que esperar até isso acabar?

"Por que você não me disse que estava no mesmo dormitório que ele?" Eu franzi meus lábios até sentir uma dor, quando meu pai falou atrás de mim. Tentei olhar para a porta e contar até dez em meu coração, o calor que fervia em meu peito diminuiu. "Pran! Eu estou perguntando!"

Mas então toda a minha paciência se esgotou. Pois, meu pai ainda não parava de gritar. Ele também agarrou meu ombro e me puxou de volta para olhar seu rosto, evitei mostrar minha insatisfação. Ao mesmo tempo, a outra pessoa parecia chocada com a maneira como eu agia.

"Não vejo nada de errado nisso."

"O que você disse?" Papai cerrou os dentes e sussurrou ferozmente. Ouvi minha mãe chamar meu nome como se quisesse me acalmar. Mas acho que a pessoa que deve reduzir suas emoções tenha que ser ela mesma.

"Eu disse que não vejo onde isso está errado."

"Como poderia não estar errado! É por causa dele, não é? Que você não voltou para casa recentemente.''

"Isso não importa, pai." Enquanto o nível de raiva do meu pai estava subindo, eu relutantemente me virei. "Eu estava no dormitório porque tinha um projeto para administrar, não sou tão desleixado quanto os pais pensam. Quanto a Phatra, ele não fez nada de errado, se somos conhecidos ou amigos, o que há de errado nisso?!"

"Pran!"

"Se meus pais odeiam os pais de Phatra. Então, o que isso tem a ver comigo?"

"Como você pode falar assim com os seus pais? Aquela criança te ensinou a agir dessa forma?"

"Eu não vejo o que ele tem a haver com isso, pai!"

Nós dois franzimos a testa, tremendo de raiva. Quanto mais eu falo, mas ele não entende, e quanto mais nós discutimos, mais alto fica a conversa e rude as palavras. Não importa quanto tente, a razão não se aplica a esta discórdia.

"Eu ordeno que você pare de conversar com ele."

"Eu não vou desistir."

"Pran!"

"Quando você vai acabar com o preconceito? Pai, tente abrir sua mente uma vez e então vai saber que Phatra não é ruim."

"Isso é tudo que eu sei. No passado, você nunca discutiu com seu pai assim nem uma vez. Se não for os hábitos daquele pirralho, de quem viria?"

"Eu simplesmente não aguento mais esse absurdo."

"Parece que tenho que repensar seriamente em deixar você continuar estudar." A voz que falou era tão fria que fiquei pasmo. Lembrei das palavras que meu pai havia dito no passado quando Pong voou para o exterior no meu primeiro ano, que ele queria que eu fosse ficar com ele. Nunca pensei que fosse sério, porque desde pequeno, meu pai sempre me deu o direito de tomar minhas próprias decisões educacionais. E eu nunca quis ficar longe de casa, especialmente agora que Phatra entrou na minha vida. 

É por isso que meu pai está me ameaçando...

"O que você quer dizer, pai?" Mesmo que eu soubesse bem o significado, no final, só pude responder em um tom mais fraco.

"Não me obrigue a fazer coisas que não quero fazer." Papai me encarou nos olhos, e esperou até ter certeza de que não ouviria outro argumento. Virou-se e disse para minha mãe, que estava parada ao seu lado, que iria embora. Então saiu da sala sem dizer adeus.

Ouviu o som alto da porta se fechando. Mas não me mexi, e continuei olhando para frente, onde meu pai não estava mais de pé. Um toque caloroso repousou em meu ombro, eu olhei para cima e vi minha mãe olhando para mim.

"Pran entende o quer dizer, certo? Tudo o que seu pai fez foi pelo seu bem. As pessoas daquela casa não são boas, eu não quero ver você mexendo com aquela criança."

"..." Tentar dizer qualquer coisa é um desperdício.

"Estou indo primeiro. Não se esqueça do que seu pai disse, Pran."

Eu não respondi nem acenei com a cabeça, apenas fiquei parado e esperei até que toda a sala fosse deixada só para mim, então dei um longo suspiro. Caminhei cansado e me deixei cair no sofá, encostando-me no encosto e largando todo o peso sobre o assento.

Eu sinto que as lágrimas estão começando a fluir...

(:(

[Me desculpe.]

O pedido de desculpas saiu em tom de remorso. Não há nenhum vestígio da preocupação em Phatra, fazendo-me sentir uma dor no meio do peito.

"Por que você está se desculpando comigo? A pessoa errada fui eu desde o início."

[Não é sua culpa, Pran.]

"Bem, se eu não estivesse com raiva em primeiro lugar, você não teria que ser teimoso e vir me encontrar."

[Isso é porque você se preocupa muito comigo. Como isso pode ser chamado de erro? Eu sou aquele sendo estúpido.]

"... E o que seus pais disseram?"

[Estavam com raiva, nada de mais.]

"Hmm..."

[O que você está fazendo?]

"Vou dormir agora." Respondi com sinceridade, puxando o cobertor que estava sobre a cintura até cobrir meu peito. Sentia que estava estranhamente frio na sala. "E você?"

[Estou na cama. E embora a cama seja estreita, não sei por que sinto ela tão vazia.]

"Como sempre, a cama já é larga. Mas agora ela está cada vez maior."

Escuto uma risada leve que não é tão feliz quanto antes. Então o silêncio vem à tona e ficamos ouvindo a respiração um do outro por um momento, antes que Phatra falasse. 

[Sinto sua falta, Pran.]

"...Huh." Eu gemi, apertando o cobertor com força.

[Quero tanto te abraçar.]

"Eu Também..."

'...Phatra!'

Fiz uma pausa quando ouvi um grito alto soando do outro lado do telefone.

[Isso é tudo por agora, Pran. Espere até eu te ligar de volta, mamãe está batendo na porta ... 'Por que você não abriu a porta, Phatra!' ... 'Eu tô indo, Mãe!"... Ligo mais tarde.]

A explicação apressada de Phatra ecoou junto com os gritos da tia, antes que a ligação fosse cortada. Tirei meu telefone do ouvido sem dizer mais nada. Deitado ali, olhando para o teto, fiquei com o telefone em minha mão esperando ele vibrar novamente. Finalmente adormeci e ao abrir os olhos pela manhã, descobri que não havia chamadas perdidas.

(:(

"O que há de errado com você, Pran?"

Eu levantei minha cabeça da mesa e olhei para ele assim que ouvi a saudação que vieram com uma forte batida no meu joelho. "Nada..."

"Que diabos? Já se passou uma semana, ainda brigando com Phatra?"

Balancei a cabeça em resposta. Se tivesse apenas brigando com Phat, o assunto seria dez vezes mais fácil.

"Ou Phatra já fugiu para outra pessoa?"

"Qual é a sua? Que outra pessoa? Vou fazer você cair da cadeira."

"Isso é muito para você pensar?" Ele precisava de ajuda, para olhar no meu rosto e ver se estou ou não de brincadeira.

"Cale a boca."

Ele ri, com a expressão muito mais feliz por conseguir me provocar. "Então, como você está?"

"Só cansado."

"Do que você está cansado? Durante esse período, você não dormiu?"

"Oh! Sim. Bem, não é nada."

Eu menti, colocando meu rosto sobre a mesa novamente. Eu podia ouvir a bufada vindo da pessoa ao meu lado, mas não pensei em voltar e continuar a conversa. Simplesmente fechei os olhos e fiquei quieto, sozinho. Desde aquele dia, quase não me encontrei e nem falei com Phat, também não posso contatá-lo. Além disso, durante este período os nossos horários não coincidem, é difícil nos cruzarmos na universidade.

"Pran!"

Pum!

"Merda, dói!" Eu pulei imediatamente, assim que ouvi o som alto junto com uma forte mão batendo nas minhas costas.

"Liguei várias vezes e você não me atendeu."

"Do que você está falando?" Eu fiz uma careta, esticando os braços para agarrar minhas costas. "Usou suas mãos ou pés?"

"Phatra veio."

"Hã?"

Ele estreitou os olhos e fez um movimento em direção à porta. Seguindo naquela direção, vi a pessoa que ele mencionou, parada atrás da porta. Phatra mostrar seu rosto pela janela enquanto sorria, imediatamente mudei-me para sentar direito. Mas parei de sorrir, quando percebi que o sorriso em seu rosto não era o mesmo que antes. Senti uma leve dor no peito, é muito estranho ele tentar me enganar, então eu só pude suspirar suavemente e me virar para sussurrar ao meu amigo.

"Espere um minuto..."

Finjo sair para ir ao banheiro e abro a porta, puxando o braço da outra pessoa até ficarmos parados embaixo da escada.

"O que você está fazendo aqui? É hora de estudar, se alguém te ver, haverá outro problema."

"Agora as pessoas já sabem que você e eu paramos de lutar."

"Não é todo mundo. E você vem com a camisa da oficina, se meu professor ver com certeza irá perguntar."

"Eu quero te ver."

Ver a expressão no rosto da outra pessoa enquanto ele respondia às perguntas com tanta humildade me fez parar de reclamar. E então sorri em sua direção. "Como você está?"

"Depois de ver você sorrir assim e ser repreendido por três dias? Estou bem."

"Muita conversa."

"Pran..."

"Huh?"

"Desculpe, eu não ligar. Minha mãe está sempre de olho em mim. Além disso, eles parecem estar secretamente me ouvindo falar ao telefone, até levaram meu celular embora por alguns dias."

"Está tudo bem, Pha me falou. Também, não estou com raiva de você nem um pouco."

"Mas eu estou com raiva."

"Do que você está com raiva?"

"Estou com raiva de tudo que me impede de ouvir sua voz, estar com você e dormir com você."

"..."

"Eu não vi você corando ou ficando carrancudo sobre isso."

"Você esqueceu de agitar o frasco antes de tomar o remédio?" Eu acariciei sua mão que se estendeu para tocar minha bochecha. "Está agindo de forma estranha." Eu senti um calor subir assim que a outra pessoa tocou as pontas dos seus dedos na minha pele.

"Eu não tomei nenhum remédio. Estou seco, quando poderei comer?"

"Phatra!"

"Eu já vou morrer seco."

"Ainda está no clima? Lunático." Soltei um sorriso. Hoje em dia, tenho estado preocupado o tempo todo porque a outra parte estava triste. 'Então, por que você está me olhando assim?' "O que você está olhando?"

"Não posso olhar para o meu namorado? Não te vejo há alguns dias, por favor deixe-me olhar."

"Que chato."

"Oh, sua boca é tão doce que é difícil provocar e xingar."

"Você pode voltar para a aula e ir embora."

"Se eu não estudar, você vai ficar comigo?"

"Não seja louco, Phatra."

"Espere! Depois da aula, tenho que ir para casa. Quero te olhar mais."

"Phatra, estamos na faculdade."

"Apenas me dê um beijo."

O cachorro louco com tédio se aproximou, implorando com seu rosto. Eu mantive minha boca fechada para que a outra parte não pudesse tocá-la. Mas parece que a pessoa na minha frente não vai desistir, ele continua chegando mais perto e fazendo contato visual. Eu franzi minhas sobrancelhas e desviei o olhar, tentando não ouvir o zumbido em meus ouvidos. No final, eu não aguentei, me virei e pressionei meus lábios contra a boca de Phatra com força e rapidamente me afastei. 

"Pronto, você está satisfeito?"

Phatra ergueu as sobrancelhas, dando um grande sorriso fazendo eu corar e me sentir tímido. "Não é o suficiente, mas vamos esperar até mais tarde." Uma voz rouca soou suavemente, então me afastei e virei apressadamente para olhar para a esquerda e para a direita, com medo de que alguém visse. "Ok, vou ir primeiro."

"Vamos ir, conversamos mais tarde."

Phatra acenar com a cabeça como se estivesse enviando um beijo, antes de descer as escadas. Eu cuidei dele, acenei com a mão em resposta e esperei até que a outra parte estivesse fora de vista antes de voltar para a sala de aula. Finge ignorar os olhos dos meus amigos que ficam brincando sobre estarem filmando ou não.

(:(

Depois do dia em que encontrei Phatra, ele me manda uma mensagem de vez em quando, o conteúdo é sempre curto, 'o que você está fazendo?' alternando com o envio de uma imagem em vez da resposta, mas no momento seguinte desaparecia repentinamente. Observando suas ações, deduzo que ele está constantemente sob vigilância. Pensando assim, fiquei preocupado, um namorado independente como ele ser detido dessa forma deve ser muito desconfortável.

Além disso... Phatra concordou em voltar para sua casa em parte porque ele estava preocupado com meu trabalho e viagens. No final, ele se recusasse a voltar, a pessoa que teria que voltar seria eu mesmo, o que me fez sentir ainda mais zangado comigo. Mesmo isso não podendo ajudar em nada.

"Obrigado." Eu disse, dando ao motorista o dinheiro quando o táxi amarelo-verde que já havia estacionado na frente da minha casa. Abro a porta e fico de pé olhando para a casa ao lado enquanto entrava na minha própria. Eu não disse a Phat que voltaria hoje, porque a mensagem que enviei ontem à noite, a outra pessoa ainda não respondeu.

"Estou de volta."

Ergui as mãos para homenagear meu pai, que estava sentado no sofá lendo um livro. Meu pai olhou ligeiramente e depois se virou. Desde aquele dia, não nos falamos de verdade, a atmosfera entre mim e meu pai não era melhor do que da última vez que discutimos.

"Oh, você está de volta, Pran." Disse a voz da minha mãe antes dela sair da cozinha. "Você já comeu alguma coisa, filho?"

"Eu já comi."

"Coloque as suas coisas no quarto primeiro, então desça e coma algumas frutas."

"Ok..."

Aceito facilmente, meus pais nem se viraram para olhar para mim ou falar comigo. É estranho estar aqui, tentar falar de qualquer coisa é difícil, e nunca foi assim antes. Mas se eu pensar sobre isso, desde que eu era criança nunca discuti com meus pais sobre a casa ao lado. Agora vejo, que desta vez será difícil.

Pego o telefone e olho para ele mais uma vez depois de trocar de roupa. A outra pessoa ainda não respondeu, e nem abriu para ler, eu suspeito que sua mãe pode ter assumido novamente. Espie pelas cortinas da casa ao lado, e não vi ninguém. Saí e parei na varanda olhando para a cerca que separava a fronteira entre minha casa e a casa de Phat antes de começar a afundar em meus pensamentos. É estranho usarmos exatamente a mesma cerca. 'Por que vocês se odeiam tanto?' Mas o mais estranho, por que eu e Phat temos que nos sentir assim um pelo outro? Por que vocês querem que nossos corações sejam amarrados desta forma? Tendo que lutar, odiar e sentir raiva um do outro para seguir nossos próprios pais até o fim. 

De pé na brisa fresca da noite, eu estava olhando para os pássaros e para o céu até que um carro Audi branco desconhecido com uma placa vermelha entra e estaciona na cerca da casa ao lado. Eu olhei para ele com interesse até que a porta do motorista se abriu e Phat saiu do carro. Secretamente pensei comigo mesmo, será que o pai de Phat comprou um Audi como isca em troca dele voltar para casa e terminar comigo?

Minhas sobrancelhas se contraíram quando vi alguém sentado no carro ao lado do meu namorado. Principalmente quando notei ser uma mulher, meu coração se apertou. Tenho certeza de que não a conheço, Phatra nunca teve uma amiga assim, e nunca trouxe ninguém para dentro de casa dessa forma antes.

Eu não teria sentido tanto se ele não tivesse dado a volta para abrir a porta e esperado a garota com um vestido lindo para ficar ao seu lado. Senti minhas pernas ficarem mais pesadas quando vi os dois conversando e sorrindo um para o outro. Talvez seja porque estou longe demais para saber o que significa aquele sorriso e o olhar da pessoa que se chama de meu namorado, porém posso interpretar o que significa.

Mas, acima de tudo, está claro que ele trouxe uma mulher para dentro de casa.

Fiquei surpreso quando a pessoa ali se virou para me ver. Nossos olhos se encontraram, não pude ver claramente, mas pensei que a outra parte estava em choque. Ele agiu sem jeito, como se quisesse dizer algo, porém a pessoa ao lado dele bateu em seu ombro como se o chamasse para entrar em casa. Mais rápido do que meus pensamentos, voltei para a sala e fechei a porta da varanda com um som estridente alto.

Ao final do som das portas de correr, toda a sala ficou em silêncio. Encostei-me na parede, confuso sobre a pessoa ao lado de Phatra, incapaz de revisar e processar a imagem que acabei de ver. Isso é sobre o quê? Por que não estou ciente de nada? É esta a razão pela qual Phatra parece estar sempre pensando em algo? Existem coisas ruins na minha cabeça. Até que imaginei que ele ficou vários dias em silêncio por causa daquela mulher.

Como devo me sentir agora? No que devo acreditar?

(:(

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