Bad Buddy- Capítulo 18

 Capítulo 18

Phatra


):)

O que é melhor que melhorar nosso relacionamento com a pessoa amada?

Droga ... Estou tão feliz.

Deitei-me para olhar o Pran, que dormia há um dia inteiro e não parecia querer se levantar tão cedo. De vez em quando, eu colocava a mão no seu nariz para ter certeza de que Pran estava realmente dormindo e não morto. Porque desde que nos conhecemos, nunca tivemos uma oportunidade de chegar tão perto assim um do outro. Sua rotina diária é estranha, sempre trabalhando até não conseguir dormir. E agora, ele está dormindo como se nunca mais fosse descansar na vida.

O som do estômago se contraindo novamente me lembrou que, desde o final da tarde até agora, não comi nada. Sentia-me cansado por ter dormido pouco já que precisei observar o Pran a noite toda, então lutei contra a fome e segurei o Pran em meus braços. A verdade é que dormimos em lados diferentes da cama. Depois de o dono do quarto ter ficado sem graça e vermelho ao ser tocado na parte do seu corpo que nunca havia sido tocada antes, fui proibido de cruzar a fronteira de travesseiros que foi reforçada como barreira por uma noite, embora antes Pran não tivesse ficado tão envergonhado assim.

O que mais eu poderia esperar além dele ficar com vergonha a ponto de nem conseguir brigar comigo? Na verdade, também estou com vergonha, mas gosto disso.

Beijo suavemente o ombro do homem adormecido. Pran vestiu uma camisa de basquete solta para dormir e seus ombros estavam nus, esta parte branca era a melhor. Mas o terceiro grito do estômago me fez levantar e ir procurar algo para comer, antes que o barulho fosse tão alto que acordasse a pessoa ao meu lado, que dormia já há muitos dias. Ele queria fazer uma pausa e eu prometi ser uma boa pessoa por mais um dia, sem bagunçar o quarto. Peguei os copos e tigelas que comi, limpei, tomei banho e lavei o cabelo antes de comprar algo para Pran comer no final da tarde, depois que o dono do quarto já ter descansado bastante.

Ao meio-dia, parei para voltar ao meu quarto. Pha, que estava sentada perto do armário, retirando as roupas e colocando elas na bolsa, disse o seguinte aviso: "P'Phat, a mamãe está reclamando muito."

E eu sei o porquê. Este mês inteiro, eu não estive em casa. Quando foi a última vez? Eu nem me lembrava. Como o Pran não voltou, então também não voltei. Mesmo se fossemos para casa, não poderíamos nos encontrar ou falar um com o outro. Mas do meu próprio quarto posso ver o quarto de Pran, o que torna ir para casa um pouco menos entediante. Principalmente depois que eu terei que ouvir os xingamentos do meu pai e da minha mãe.

Hoje em dia, ainda não entendo isso. Eles estavam no mesmo ramo de negócios, cresceram no mesmo período, e alternavam a cada ano a classificação da melhor empresa. Como essas duas casas acabaram se odiando tanto? Estava cansado de discutir com os adultos, mamãe apenas disse que aconteceram muitas histórias antes de nascermos. Como resultado, mesmo que eu, minha irmã e Pran nunca tivéssemos feito nada para aborrecer uns aos outros, precisávamos ser separados.

"Hoje vou para casa, P'Phat deveria retornar também. A mamãe já sabe que seus exames acabaram."

"Acumule alguns pontos para mim. Além disso, o projeto ainda não foi concluído."

"Vá falar com a mãe você mesmo."

"Pha, por favor me ajude. Pran acabou de mandar o trabalho dele, acho que ele precisa descansar primeiro."

"O que isso tem a ver com você  P'Phatra?"

"Como você pode me deixar deixá-lo sozinho? Agora ele está morto como um cadáver, e se ele ficar doente..."

"P'Phat, o P'Pran não está no primeiro ano, ele passa por esse tipo de coisa todo semestre. Com o que você está preocupado agora?"

Quer saber mesmo? No passado éramos apenas amigos. Além disso, eu nunca pensei que Pran ficaria tão cansado. Este ano, sabendo profundamente dessa situação, não posso deixar isso de lado.

"Pha na~."

"Você não tem que fazer uma voz fraca. Eu venho ajudado P'Phatra por várias semanas. Volte para ficar em casa por apenas uma noite e depois retorne para terminar os outros exames. Não deixe a mãe ter que vir arrastar P'Phat de volta para a casa, se ela ver o irmão Pran, isso será um grande problema."

Quantas razões há para eu me render tão facilmente?

Nenhuma, a menos que tenha que proteger o Pran de minha mãe.

):)

"Voltou?"

No final da tarde do mesmo dia, comprei arroz de porco com alho no restaurante à La Carte ao lado do dormitório para dar um pouco a Pran. Ele acordou para lavar o rosto e escovar os dentes quando sentiu o cheiro da comida perfumada, saiu do banheiro antes de tomar banho. Mesmo cansado e maltrapilho, Oppa Pran ainda pode fazer as meninas gritarem. Eu sirvo arroz em um prato e dou para o dono da sala, que apenas se senta e coloca a comida na boca.

"De qual loja você comprou?"

"Tia Kaew."

"Ah! Hoje está uma delícia e tem muita carne de porco também."

"Eu pedi uma porção especial. Tem também ovo frito com arroz que eu coloquei na pilha de baixo."

Antes de Pran se levantar, ele acenou com a cabeça em agradecimento quando eu derramei água no seu copo.

"Phatra, você fez algo de errado? Porque está agindo estranho?"

"Independente do que eu tenha feito, eu sou uma pessoa boa desde a minha essência." Na verdade, ouvi dizer que o alho pode aumentar a função sexual, os ovos também, por isso arranjei uma refeição completa para meu amante. Pensei que seria o suficiente para derrotar o mestre mais uma vez. Mesmo assim, naquele momento não me atrevi a repetir o ato quando vi sua expressão cansada e me senti um pouco mais culpado.

"Quando você vai voltar para casa?"

"Esta noite, depois de terminar as compras com um amigo. Voltarei para cá amanhã à noite. Você pode se dar ao luxo de sentir a minha falta?"

"Você pode ficar por muito mais tempo."

"Sério?"

"Sim!"

"Você tem que responder de acordo. Então eu posso continuar cantando."

"Cante para sua mãe!"

"Para beijar a lua, ou para lutar contra a lua. Posso tocar¹?" 🎶

"Cale a boca e coma."

Este louco fica envergonhado e pragueja o tempo todo, dou uma risada, e vejo as sobrancelhas da outra pessoa se franzir. Então olhei agradavelmente nos olhos dele, fazendo os meus dedos de caranguejo, escalar e cutucar a mão da outra pessoa. Pran ergueu o rosto e segurou a colher e o garfo, embora ele ainda estivesse comendo com uma das mãos.

"Não está brincando comigo, Pran!"

"Não seja um incomodo, estou cansado."

"Você está cansado? Mas já dormiu muito."

"Uh!" A pessoa respondeu com os ombros, então me levantei para massagear ele por trás. Pran continuou a comer arroz, não reclamando dessa vez como se eu parasse de incomodar.

"Seus músculos das costas são muito duros."

"Eu não sei o que é massagem há tempos."

"Antes de A-ma morrer, eu costumava fazer massagens para ela."

"Sua casa é estranha." Pran suspirou. Eu levantei uma das sobrancelhas, mas continuei massageando. "Você a chama de A-ma, mas continua chamando sua mãe e seu pai de Maè (แม่Phx (พ่อ). Falar em chinês não é melhor?"

(A-ma= Vovó em chinês/

Phx= Pai, Maè= Mãe em tailandês.)

"Não pense que eu sou apenas metade anjo, também existe uma fração chinesa. Na verdade, meu pai é um chinês puro, mas descobri que minha mãe queria esconder isso. Ela não quer que eu chame o papai de 父亲 (Fùqin), ela disse que como estamos na Tailândia, então temos que chamá-los da mesma forma que os tailandeses."

"Uma verdadeira mãe tailandesa."

"Uhum." Eu disse enquanto continuava pressionando o meu polegar ao longo da linha das suas costas. O bastardo já está cheio, mas ainda fica sentado, não se levanta para ir a lugar nenhum. "Já tomou banho? Vai ficar mais confortável."

"Ah-huh. Você pode pegar a chave na parte de trás da geladeira. Eu ainda quero dormir."

Eu balancei a cabeça em compreensão. Abaixei-me para abraçá-lo por trás com os dois braços e acariciando o meu queixo em seus ombros. Pran sentiu-se confortável o suficiente para se apoiar em meus ombros.

"Vamos tomar banho juntos, Pran?"

"É uma piada?"

"Vou esfregar suas costas."

"Continue sonhando."

"Não vou fazer mais nada, prometo."

O Pran riu enquanto eu segurava o meu braço. Coloquei a cabeça nele e o segurei  para ele virar o rosto para mim. O bastardo me apertou com um golpe forte, mas não muito forte capaz de machucar.

"Disse que não vou fazer isso. Qual é a sua?"

Eu ri, agachei-me e arrastei meu Pran para o banheiro. Depois de pousá-lo no chão, coloquei os pés e as mãos na parede. Enjaulado e não deixando o dono do quarto se afastar.

"Vou beijá-lo."

Sem som de rejeição? Isso significa que meu Pran está disposto a concordar.

):)

"Está estudando muito, Phatra?"

Estamos jantando em casa, na mesa redonda... Acho que devo parar de demorar tantos meses para voltar para casa, meus pais sempre encheram a mesa com minhas comidas favoritas. Peguei tanto arroz no prato que até fico com vergonha de comer tudo, ficou claro como meus pais estavam felizes que eu estivesse de volta para encontrá-los depois de muito tempo.

"Pha já havia voltado muitas vezes. Mas você parecia que nunca mais iria voltar."

"Estou no quarto ano mãe, então tenho ficado muito ocupado."

"Isso mesmo, você parece tão desgastado. Está tão escuro sob os olhos, você é um panda? Eu não consigo te distinguir mais, filho."

"Oh, mãe é normal para os homens." Um homem deve ficar sentado aguardando o outro homem enquanto ele trabalha até perder o sono, repetia essa frase em minha mente. Até Pha ficou surpresa ao ver meu estado.

"Mãe, eu já avisei ao P'Phatra para que ele não durma tarde."

"Que tal tentar ler um livro antes de dormir? Pode ajudar."

"Não é mesmo?" Perguntou minha irmã em voz alta, olhando-me com olhos descrentes. Ela não pode reclamar, já que eu estava ocupado demais incomodando Pran. Se um adulto souber disso, seremos ambos despedaçados, irmão e irmã. Com certeza.

"Ah, eu não sei como encontrar alguém para cuidar de você, Phatra. Você já terminou os exames, mas não vem visitar seus pais, depois que começar a trabalhar, será a hora de encontrar uma esposa."

"Você não precisa procurar. Eu mesmo cuidarei disso."

"Filho, precisamos arrumar um casamento imediatamente, nós não estaremos aqui para sempre, preciso encontrar uma esposa que sirva para você. De qualquer forma, anteontem, eu fui a um templo para fazer mérito e encontrei a Tia Duang. Você se lembra da Tia Duang, Phat?"

Coloquei o Tom Kha de frango no prato, enquanto minha mãe continuou falando. "Você se lembra de Nong Punch? Ela costumava brincar com Pha todos os sábados e domingos."

"Lembro-me. No ensino médio, estudamos no mesmo lugar."

"Agora que cresceu, se tornou uma bela mulher. Ela foi estudar em Chiang Mai por um bom tempo, ela é muito gentil. Eu fiquei encantada."

"Ah, sim." Pha me chutou por baixo da mesa. Quando eu ergui a cabeça para ver os olhos complacentes de minha mãe, levantei as sobrancelhas confuso. "E daí?"

"Não sabia que você voltaria para casa hoje. Se soubesse, teria convidado Tia Duang e Nong Punch para uma refeição juntos. Assim poderiam se lembrar dos velhos tempos."

"Lembra do quê, mãe? Eu e Punch não somos próximos um do outro."

"Então vão ficar próximos agora."

Eu olhei para meu pai, esperei, mas ele não fez nenhum comentário. Encontrar uma nora para seu filho é uma coisa normal para famílias chinesas. Ok, meu pai é de origem chinesa, mas ele poderia superar isso por ter se casado com minha mãe, que é tailandesa, não é? Que outras tradições vão voltar para minha geração?

"Tudo que foi dito, é para você realizar um arranjo de casamento. Certo?"

"Algo assim. Phatra não tem namorada, certo? Eu também quero que você tente conversar como a Nong Punch. Ela não é uma Nong, certo? Você é apenas um mês mais velho."

"Mãe, que idade nos temos? Não seja louca."

"Que diabos?" A Sra.Mãe deu uma risadinha, terrivelmente feliz. "Nong Punch é muito fofa, Phatra espere e verá que é verdade quando ela chegar. Deixe-me dizer outra coisa, quando eu estava falando sobre você, ela pareceu estar muito interessada. Não estou com pressa, vocês podem apenas se encontrar e conversar primeiro."

Eu olhei para Pha e a boa irmã sorriu. Acontece que minha irmã executou um plano para me atrair até em casa e fazer minha mãe falar sobre namoro com a filha de uma amiga próxima, com quem cresci.

"Mãe, eu vou pensar sobre isso. Você está com pressa? Me dê cinco anos, se até lá eu ainda não estiver namorando, então iremos conversar sobre isso novamente."

"Mesmo que seja esse o caso, vocês podem ser apenas amigos primeiro. Depois de alguns anos, irão gradualmente se casar."

O delicioso Tom Kha Gai foi colocado em um prato pela minha mãe. Olhei para o caroço marrom no arroz e tive vontade de gritar.

O que mamãe disse, levou meu coração a ferver.

):)

"Mas Pha, isso não está certo!"

Voltei para o meu quarto depois do jantar com um sentimento estranho. A jovem deitada na cama, agita a bola de vidro para segurar a água e espera o glitter cair lentamente de acordo com a gravidade. Persigo seu olhar com sofrimento, mal me sentei na cadeira e minha mente começou a girar. Mas eu não conseguia colocar aquilo em palavras.

"Pelo menos a mulher que ela está pensando em te dar é melhor que as mulheres que P'Phatra tem procurado por toda sua vida."

"Isso é engraçado?"

"O que é engraçado? Eu realmente quero dizer isso."

"Mas eu não. Já tenho alguém de quem eu gosto."

"Sério? Quem? Não me diga que é Nong Nat."

"Você realmente despreza ela."

"Oh, eu não gosto dela. Não diga isso, vou pensar que você está com ciúmes." Eu estava relutante se devia falar ou não. Mas se for existe apenas este caminho, então não deve ser muito difícil. "Quem? Eu conheço?"

"Conhece."

"Vocês são amigos? Estranho, raramente vejo P'Phat namorando uma amiga."

"Bem, é meu amigo." Eu segurei minha cabeça, tentando arrumar aquele emaranhado. "Você não pode nos chamar de amigos, eu não sei o que está acontecendo."

"Bem, por que você não falou com a mamãe na mesa de jantar hoje? P'Phatra está quebrando assim?"

"Eu não posso falar."

"Ei, se não falar, você pode acabar se casando com Punch. A mãe não é tão mesquinha que não aceite nenhuma mulher, P'Phat. Ela só estava preocupada porque você ficou sem namorada por um longo tempo depois de ser enganado por aquela mulher no colégio."

"Minha namorada é um homem, Pha." Disse um dos assuntos, agora só resta mais um que não sei como começar.

"Você é gay?"

"Se um homem que gosta de homens é chamado assim, então eu sou."

"Não brinque Phat, isso não é uma piada."

"Porque o estresse? Seria tão ruim assim?"

"Então diga à mamãe que você gosta de homens."

Esse problema é apenas no começo. O que é mais pesado é, quem é o meu namorado. Dou um longo suspiro, encontrando os olhos da minha irmã, empurrando a cadeira para tão perto que pude segurar os joelhos de Pha. Olhando nos olhos da outra pessoa reuni toda a minha coragem para falar.

"Pha tem que me ajudar. Estou namorando o Pran."

"Oh, eu não sabia que meu palpite seria tão correto assim."

"Ei! Pha." Quase gritei. "Como você sabe?"

"Ah, vocês estão sempre juntos. Além disso, quando vocês dois estão muito sensíveis, os dois brigam muito alto, mas pensei que era apenas por diversão, eu não esperava que fosse verdade." Os dois suspiros altos soaram ao mesmo tempo, nós dois vemos onde está o problema. "Bem, e agora?"

"Eu não sei. Se eu soubesse por que eu estaria tão estressado assim?"

"P'Pran vai ficar com ciúmes, é tão cruel. Explique isso lentamente, se ele puder aceitar, então talvez você possa se casar e continuar namorando."

"Pha, como um namorado vai deixar seu amante se casar com outra pessoa? Além disso, se Pran ficar com ciúmes ele não vai querer falar comigo nunca mais. Nessa hora, como faço para explicar para ele entender?" Penso em Nat, e como a outra pessoa se afastou teimosamente. Mas, o que mais dói é ficar pensando em Wai. Tudo bem, é normal quando a gente está estressado querer ficar com os amigos. Mas não pode ser um amigo além daquele bastardo? "De qualquer forma estou morto."

"Desde quando? Quero saber."

"Tipo, há muito tempo." Fiz essa confissão pela primeira vez. Mas quando começou? Não posso responder. "Porém o sentimento tornou-se muito mais claro recentemente."

"P'Phatra, está assistindo Romeu e Julieta?"

"Não senhora. No final, eu não quero morrer, e se eu morrer, não acho que aquele bastardo vá morrer junto. Ele é mais patético do que o Romeu."

"Você ainda brinca?" Quem disse que não se pode brincar em momentos sérios? Agora os dois irmãos estavam sentados na mesma posição segurando suas cabeças e pensando em como encontrar uma saída. "O que devo fazer para ajudar Phatra?"

Suspirei, balançando minha cabeça. Se eu soubesse, por que viria pedir conselhos?

Se nosso relacionamento terminar, eu irei morrer.

Porque a minha vida é tão difícil?

):)

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